sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Aprendi a voar vários tipos de voos, para toda ocasião.

Depois que tomei o verdadeiro gosto pela coisa, logo na minha primeira infância, rastejar se tornou impossível. 

Voo muito, mas pouso às vezes, também — é claro. 

E tenho o poder de pousar onde quero, desde que o lugar, ele mesmo, não se esquive. 

A hora do pouso e quanto vai durar — sou eu quem decide. 

Se fosse diferente, nada mais faria sentido na minha vida. 

Aliás, nunca perderei a capacidade de levantar voo, na direção que quiser, e pelo tempo que pretender.

Sou eu que determino as condições do meu voo. Não abro mão dessa prerrogativa. 

Meu contrato é com o vento. Só. Informal.

(Edson Marques)



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