terça-feira, 2 de setembro de 2008


“Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada” (Elbert Hubbard)
“A resignação é um suicídio cotidiano” (Honoré de Balzac)

Ânimo Zero



"Ar parado em que impera o desânimo. Estado de preguiça em ser. Meditação de nada. Vazio de sentido. O costume do fim de semana invade a segunda e o corpo reage querendo em nada ficar. Ânimo zero.

Para a maior parte das pessoas, vivenciar isto durante algumas horas por semana é normal. O problema tem início quando esta situação deixa de ser dinâmica e passa a ser estática, freqüente, um estado de ser apático.

O desânimo ou apatia é um dos maiores problemas sociais e de saúde que envolve nossa população. Definimos apatia como: “estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos”. No contexto clínico abarcando inclusive no desinteresse por sua própria vida, no seu auto-cuidado. Doenças psico-patológicas em geral tem seu agravamento intensificado por este tipo de atitude psíquica gerando todo um processo de comorbidade que pode levar uma patologia simples a um estado grave. Lado doentio do comodismo.

(...)

Além disso, a apatia se transveste em comportamento sedentário, preguiça intensa, alienação, perda de sentido de vida, queda de capacidade crítica e racional, perda de produtividade, acomodação, medo de futuro, ausência de expectativas e de planejamento de vida, bem estar em contexto massificado. Resumindo, tudo que puder levar a benefícios na lei do menor esforço é bem vindo.

Psiquicamente o indivíduo torna-se um alienígena de sua própria realidade. É brasileiro e nada tem a ver com os políticos que estão no poder. Vive em crise, mas acredita piamente que está em uma super potência. Projeta para fora de si próprio todas as suas mazelas e frustrações trazendo à tona o discurso: “lutar para que?”; ou pior ainda: “se for dar trabalho me esqueça”.

A apatia representa o fim, a entrega a um estado arquetípico primordial, caótico, a ausência de paixão, de emoções, de vida. Quando se torna hábito vira o câncer do espírito. Está ruim, mas melhorar dá trabalho, então deixa como está que fica bom..."

(Jorge Antônio Monteiro de Lima psicólogo e psicoterapeuta)

Você não me ensinou a te esquecer


(cena e música do filme Lisbela e o Prisioneiro)
Você não me ensinou a te esquecer

(Fernando Mendes / José Wilson / Lucas)

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar