sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Valsinha


Cena do filme: Dança comigo.

Valsinha

(Vinicius de Moraes - Chico Buarque)

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre
chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre
costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de
sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto
convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria
ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto
esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo
não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e
começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda
despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se
iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz.

"Ao dizer alguma coisa, cuide para que suas palavras não sejam piores que o seu silêncio".

Bagagem da Vida

Bagagem da Vida

“À medida que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando...
Porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável.
Carregar tantas coisas pesa demais...


Então você pode escolher:
Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude,
O que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.
Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem.
Ou pode aliviar o peso, esvaziar a mala.


Mas, o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora.
Veja o que tem dentro:
Amor, amizade... Nossa!
Tem bastante. Curioso, não pesa nada.

Tem algo pesado. Você faz força para tirar...
Era a raiva - como ela pesa!

Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo. Nesse momento, o desânimo quase te puxa pra dentro da mala. Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo aparece um sorriso, sufocado no fundo da bagagem. Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a felicidade.

Então você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza.
Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante.

Procure então o resto: a força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância e o bom e velho humor.

Tire a preocupação também. Deixe-a de lado, depois você pensa o que fazer com ela.

Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo.
Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, hein?

Agora é com você!”

A Ostra e a Pérola


A ostra e a pérola

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.
Pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como uma parasita ou um grão de areia.
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.
Quando o grão de areia penetra as células do nácar, começam a trabalhar e cobrir o grão com camadas para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola vai se formando ali no seu interior.
Uma ostra que não foi ferida, nunca vai produzir pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas?
Já sentiu duros golpes de preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produziu uma pérola.
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de sentimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas alimentado-as com sentimentos pequenos, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "ostras vazias" não por que não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Fabrique pérolas você também!"