quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Confissão

Confissão

O que me compõe é tudo o que minha alma já viveu.
É tudo o que meu corpo já sentiu.
É o que eu me lembro, sonho, sinto:
Amores, dores... Medos, vícios.
É o que eu crio para mim
E o que eu tiro... Desmorono...
E o que fica é só o verdadeiro:
Componho-me.

O que me habita é tudo o que eu consinto.
Tudo que é intrínseco, eu convivo.
Todos os “eus” me habitam
E todos eles gritam...
Fugas, fogueiras, fuzuês...
Habitam-me todos os sexos...
Crenças, cores, quereres...
E eu não fujo:
Habito-me.

O que eu conheço é o que eu busco
E eu busco só o total...
O que toca fundo, o que tem sentido.
Meio termo, meio passo, meio vivo;
O meio me faz mal.
Quem não se conhece aceita qualquer coisa...
Não conheço o caminho,... Mas hei de seguir...
Não sei do mundo, mas sei de mim:
Conheço-me.

O que eu permito é tudo que me eleva
Se não engrandece, não me acrescenta: desce!
A luz e a sombra me somam, me mostram, me são.
Sou o doce e o veneno, não há o que escolher...
Verso e inverso, yin-yang, eu me completo.
Não me tiro:
Permito-me.

Tudo que minha alma já viveu me compõe
E o que me compõe habita em mim
E o que habita em mim, eu conheço
E o que eu conheço eu permito
E o que eu permito, é.
Eu Sou.
Permito-me!

(Carolina Salcides)

É a vida...

"Já quis tanto uma coisa que hoje nem sei se quero mais.
Já briguei por coisas que nem me lembro mais.
Já amei pessoas que não amo mais.
Já tive sonhos que não tenho mais.
Tudo aquilo que perdi, que amei, que lutei 
e que por algum motivo não me lembro ou não quero mais,
é porque não teve importância 
ou teve muita importância e preferi desistir,
mas jamais esqueci..."


(desconheço a autoria)