Denomina-se Independência do Brasil ao processo que culminou com a emancipação política desse país do reino de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data adotada é 7 de setembro de 1822, quando ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". Na ocasião, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente D. Pedro, bradou perante a sua comitiva: "Independência ou Morte!".
"A casa sem dono certo, é de todo amigo que vem...Tem um portão bem aberto, você é dono também!"
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Minha Terra
Todos cantam sua terra,
Também vou cantar a minha,
Nas débeis cordas da lira
Hei de fazê-la rainha;
— Hei de dar-lhe a realeza
Nesse trono de beleza
Em que a mão da natureza
Esmerou-se em quanto tinha.
Correi pras bandas do sul:
Debaixo dum céu de anil
Encontrareis o gigante
Santa Cruz, hoje Brasil;
— É uma terra de amores
Alcatifada de flores
Onde a brisa fala amores
Nas belas tardes de Abril.
Tem tantas belezas, tantas,
A minha terra natal.
Que nem as sonha um poeta
E nem as canta um mortal!
— É uma terra encantada
— Mimoso jardim de fada —
Do mundo todo invejada,
Que o mundo não tem igual.
Não, não tem, que Deus fadou-a
Dentre todas — a primeira:
Deu-lhe esses campos bordados, Deu-lhe os leques das palmeiras. E a borboleta que adeja.
Sobre as flores que ela beija,
Quando o vento rumoreja
Nas folhagens da mangueira.
Deu-lhe esses campos bordados, Deu-lhe os leques das palmeiras. E a borboleta que adeja.
Sobre as flores que ela beija,
Quando o vento rumoreja
Nas folhagens da mangueira.
É um país majestoso
Essa terra de Tupã,
Desd’o Amazonas ao Prata,
Do Rio Grande ao Pará!
— Tem serranias gigantes
E tem bosques verdejantes
Que repetem incessantes
Os cantos do sabiá.
(Casimiro de Abreu)
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