quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Amores Possíveis

Cena do Filme: O Amor é cego

“Na vida real, os amores não são como nos contos de fada. A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco. Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo. Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

(...)

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade, descobrimos que o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras. O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior. O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades.” (...)

(Pe. Fábio de Melo)
"Quando meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, eu o espero”. (Henri-Frédéric Amiel)

Não estrague o seu dia!

Não estrague o seu dia!

A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia!

Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, contruindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

(Francisco Cândido Xavier)
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro". (Clarice Lispector)

Clarice Lispector (1920-1977)
Romancista e contista brasileira, de origem ucraniana.

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."