quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Perdidamente

Perdidamente

"Eu quero amar,


Amar perdidamente!

Amar só por amar: aqui... Além...

Mais este e aquele, o outro e a toda gente...

Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...

Prender ou desprender?

É mal? É bem?

Quem disse que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que eu saiba me perder...

Para me encontrar..."

(Florbela Espanca – poetisa portuguesa)

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