Aprendi a voar vários tipos de voos, para toda ocasião.
Depois que tomei o verdadeiro gosto pela coisa, logo na minha primeira
infância, rastejar se tornou impossível.
Voo muito, mas pouso às vezes, também
— é claro.
E tenho o poder de pousar onde quero, desde que o lugar, ele mesmo,
não se esquive.
A hora do pouso e quanto vai durar — sou eu quem decide.
Se
fosse diferente, nada mais faria sentido na minha vida.
Aliás, nunca perderei a
capacidade de levantar voo, na direção que quiser, e pelo tempo que pretender.
Sou eu que determino as condições do meu voo. Não abro mão dessa prerrogativa.
Meu contrato é com o vento. Só. Informal.
(Edson Marques)
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