"Evitar os problemas é o conselho da astúcia, porém, enfrentá-los e resolvê-los definitivamente é a opinião da sabedoria. Você escolhe: astúcia ou sabedoria? O futuro depende da escolha". (Quiroga)
"A casa sem dono certo, é de todo amigo que vem...Tem um portão bem aberto, você é dono também!"
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Heterônimos
Heterônimos
"Ao contrário dos pseudônimos - vários nomes para uma mesma personalidade - os heterônimos constituem várias pessoas que habitam um único poeta. Cada um deles tem a sua própria biografia, sua temática poética singular e seu estilo específico. É como se eus fragmentados e múltiplos explodissem dentro do artista, gerando poesias totalmente diversas. O próprio Fernando Pessoa explicou os seus heterônimos":
'Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar, nem importa que analise, construí dentro de mim várias personagens distintas entre si e de mim, personagens essas a que atribuí poemas vários que não são como eu, nos meus sentimentos e idéias, os escreveria.
Assim têm estes poemas de Caeiro, os de Ricardo Reis e os de Álvaro de Campos que ser considerados. Não há que buscar em quaisquer deles idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem idéias que não aceito, sentimentos que nunca tive. Há simplesmente que os ler como estão, que é aliás como se deve ler'.
Quando Vier a Primavera
"Quando vier a primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma...
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo se eu não gostasse...
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é."
(Alberto Caeiro - heterônimo de Fernando Pessoa)
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Bom Conselho
Bom Conselho
(Chico Buarque)
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado,
quem espera nunca alcança.
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar.
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(Chico Buarque)
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado,
quem espera nunca alcança.
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar.
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Cinéfila por Natureza (quem não sabia?)
"Assistir a um filme é uma experiência única. Podemos ser transportados ao passado ou ao futuro. Também sentimos fortes emoções - alegria, tristeza, admiração, indignação, curiosidade, pavor -, mas jamais indiferença. É isso que faz a magia do cinema". (Isabela Boscov - crítica de cinema de Veja)
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Os Poemas
Os Poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Mario Quintana)
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Mario Quintana)
Humor
"Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal o importante é participar"
"Existem duas palavras que abrem muitas portas: puxe e empurre.."
"No caso da separação, senhoras, sejam fortes e independentes. E lembrem-se: não fiquem com raiva, fiquem com tudo!"
(Autoria desconhecida)
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada,
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos,
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.
(Alberto Caeiro – heterônimo de Fernando Pessoa)
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
"Não sou como a abelha saqueadora
que vai sugar o mel de uma flor,
e depois de outra flor.
Sou como o negro escaravelho
que se enclausura no seio de uma única rosa
e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele;
e abafado neste aperto supremo,
morre entre os braços da flor que elegeu."
(Roger Martin du Gard)
domingo, 17 de agosto de 2008
Chaves Ocultas
Chaves Ocultas
Dei duas voltas na chave,
As janelas e cortinas fechei,
Tirei o telefone do gancho,
Todas as luzes da casa apaguei.
Quis ser cego por um dia,
Para tentar melhor enxergar,
O que trago, de fato, na alma,
Que a angústia não deixa aflorar.
Tateei pra encontrar o caminho,
Por cantos que, há muito, eu não via.
Também era escura minha alma,
Tão pouco dela eu conhecia.
Achei tantas portas fechadas.
Por quê? Eu tentei me lembrar.
Por entre as sombras do passado,
As chaves tentei encontrar.
Achei-as ocultas num canto;
Dezenas, ao todo, eu contei.
Lembrei que abriam as portas,
Dos sonhos que eu nunca ousei!
Colhi cada uma, com pressa,
E abri cada porta, em seguida.
Senti bater forte o meu peito,
E a luz invadir minha vida!
Voltei dessa busca mais moço e mais forte!
Eu, antes perdido, encontrei o meu norte!
Os prantos e medos? Lancei-os ao vento!
Portas e janelas abri a um só tempo!
A luz inundou onde trevas havia!
A vida se abriu e me disse: “Bom Dia!”
(Adilson Luiz Gonçalves)
Dei duas voltas na chave,
As janelas e cortinas fechei,
Tirei o telefone do gancho,
Todas as luzes da casa apaguei.
Quis ser cego por um dia,
Para tentar melhor enxergar,
O que trago, de fato, na alma,
Que a angústia não deixa aflorar.
Tateei pra encontrar o caminho,
Por cantos que, há muito, eu não via.
Também era escura minha alma,
Tão pouco dela eu conhecia.
Achei tantas portas fechadas.
Por quê? Eu tentei me lembrar.
Por entre as sombras do passado,
As chaves tentei encontrar.
Achei-as ocultas num canto;
Dezenas, ao todo, eu contei.
Lembrei que abriam as portas,
Dos sonhos que eu nunca ousei!
Colhi cada uma, com pressa,
E abri cada porta, em seguida.
Senti bater forte o meu peito,
E a luz invadir minha vida!
Voltei dessa busca mais moço e mais forte!
Eu, antes perdido, encontrei o meu norte!
Os prantos e medos? Lancei-os ao vento!
Portas e janelas abri a um só tempo!
A luz inundou onde trevas havia!
A vida se abriu e me disse: “Bom Dia!”
(Adilson Luiz Gonçalves)
Alma
Alma
(Pepeu Gomes e Arnaldo Antunes)
Alma,
deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma,
superfície.
Alma,
deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma,da minha mão,
superfície
Easy,
fique bem easy, fique sem nem razão
Da superfície
livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não, aterrise
Alma,
isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar
não existe
Alma,
como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície,
crise
Já acabou, livre
Já passou, o meu temor do seu medo
Sem motivo, riso...de manhã, riso de neném
A água já molhou a superfície
Alma,
daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
superfície lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol, da superfície
Simples, devagar, simples,
bem de leve a alma já pousou, na superfície
(Pepeu Gomes e Arnaldo Antunes)
Alma,
deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma,
superfície.
Alma,
deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma,da minha mão,
superfície
Easy,
fique bem easy, fique sem nem razão
Da superfície
livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não, aterrise
Alma,
isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar
não existe
Alma,
como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície,
crise
Já acabou, livre
Já passou, o meu temor do seu medo
Sem motivo, riso...de manhã, riso de neném
A água já molhou a superfície
Alma,
daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
superfície lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol, da superfície
Simples, devagar, simples,
bem de leve a alma já pousou, na superfície
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
A Saudade é uma Estrada Longa
A Saudade É Uma Estrada Longa
(Almir Sater / Paulo Simões)
A saudade é uma estrada longa
Que começa e não tem mais fim
Suas léguas dão volta ao mundo
Mas nao voltam por onde vim
A saudade é um estrada longa
Que começa e não tem mais fim
Cada dia tem mais distâncias
Afastando você de mim
Tantas foram as vezes
Que nos enganamos
Outras vezes nos desencontramos
Sem nem perceber
Mesmo sem razão eu quero lhe dizer
Sem intenção
Ver tudo se perder
Dói tanto, tanto
A saudade é uma estrada longa
Nem é boa, nem é ruim
Vou seguindo sempre adiante
Nunca volto,
Eu sou mesmo assim
A saudade é uma estrada longa
Que hoje passa dentro de mim
Me armei só de esperanças
Mas usei balas de festim
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
"O tempo passa
A vida passa
Eu passo
Com o passo no compasso
Com o passo em descompasso
E passam os anos
Os amores, os planos,
Os dissabores, os desenganos...
As desilusões,
A saudade,
O desculpar-se,
O perdão,
O amor,
A amiga de infância.
Eu passo lenta
Eu passo apressada
Vejo um filme que passa
E eu passo
E a vida passa
E o tempo passa
E tudo passa !..."
(desconheço a autoria)
sábado, 2 de agosto de 2008
"Numa frase só, pode-se ter toda uma história, um livro lido, uma reportagem, o resumo daquilo que queríamos dizer numa situação qualquer".
"É o pensamento de Roberto Duailibi, considerado um dos maiores redatores que a propaganda brasileira já produziu (é o "D" da agência "DPZ"). Em seu livro "Phrase Book III", Editora Mandarim - São Paulo, 1996, o autor confirma o princípio de que, ao invés de estimular a mente através de imagens, pode-se estimulá-la através da leitura aleatória de frases".
"Duailibi não recolheu suas frases com a preocupação pedante dos eruditos, mas com a alegria de quem caça borboletas para soltá-las, depois de extasiar-se com o desenho e as cores de suas asas."
Assim Mauro Santayana descreve a missão de Roberto Duailibi, que é a de colecionador de frases.
"É o pensamento de Roberto Duailibi, considerado um dos maiores redatores que a propaganda brasileira já produziu (é o "D" da agência "DPZ"). Em seu livro "Phrase Book III", Editora Mandarim - São Paulo, 1996, o autor confirma o princípio de que, ao invés de estimular a mente através de imagens, pode-se estimulá-la através da leitura aleatória de frases".
"Duailibi não recolheu suas frases com a preocupação pedante dos eruditos, mas com a alegria de quem caça borboletas para soltá-las, depois de extasiar-se com o desenho e as cores de suas asas."
Assim Mauro Santayana descreve a missão de Roberto Duailibi, que é a de colecionador de frases.
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